Salmo 119.96 – “toda perfeição tem o seu limite; mas o mandamento do Senhor é ilimitado.”

Salmo 19.7 – “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”

Dizer que algo é suficiente é dizer que não precisa de substitutos, nem complementos. De fato a Bíblia não necessita de substitutos nem de complementos. Tudo o que precisamos saber sobre Deus está na Bíblia. Os textos bíblicos acima declaram esta suficiência usando o adjetivo perfeição. Assim, a Bíblia é suficiente em si mesma, ou seja, por sua própria definição.

Mas a Bíblia é suficiente para você?

Uma boa forma de aferirmos essa suficiência em nossa experiência é refletir sobre como podemos nos aproximar do Livro Sagrado. Citaremos brevemente, a seguir, algumas formas negativas de aproximação e concluiremos com o testemunho da própria Bíblia de sua suficiência, com o intuito de incitar-nos a uma aproximação saudável:

(os títulos que utilizaremos nas descrições são meramente ilustrativos, ou seja, não os usamos aqui em seu sentido etimológico mais profundo)

Intelectuais: são aqueles que lêem de uma forma seca e técnica. Utilizam-se de uma mente arguta e altamente curiosa para “dissecar” o livro, pela sua riqueza histórica e literária. A seguir escrevem livros e mais livros apontando a complexidade das descobertas, e de fato, são importantes em alguma medida. Mas, para estes a Bíblia não é suficiente, pois tanto faz ser a Bíblia ou outra obra literária histórica qualquer. Para estes logicamente a Bíblia não passa de um mero objeto de pesquisa.

Pragmáticos: são aqueles que querem lições para viver bem, ajudar os filhos, vizinhos e colegas. São caçadores da funcionalidade do texto na solução de suas dificuldades diárias. Para estes, a Bíblia também não se mostrará suficiente, pois logo ganhará a preferência o que responder de forma mais prática e imediata às questões inquietantes do dia a dia. Não importa princípios, ética ou verdade, mas se funciona. Aí, tanto faz o Apóstolo Paulo, Içami Tiba, Augusto Cury ou qualquer outro autor. O que “funcionar” primeiro ganha.

Sentimentais: são os que buscam histórias emocionantes e inspiradoras. Poesia, parábolas e provérbios são apreciados. Logo desenvolvem uma teologia marcada pelo humanismo, pelas frases de efeito, pela filosofia barata e pela exaltação da auto-estima. Para estes, os gurus da auto-ajuda convivem no mesmo plano dos autores bíblicos. Para estes também, aqueles que buscam conhecimento de toda verdade de Deus revelada nas Escrituras são chamados de “teólogos, ortodoxos e fundamentalistas” da forma mais pejorativa possível.

Pregadores: procuram na Bíblia apenas mais um sermão, somente uma mensagem, ou um pretexto. Se não acharem... Pregam assim mesmo! Outro dia ouvi falar de um pregador que fez a seguinte confissão na maior cara-de-pau: “preparei uma mensagem tremenda, só me falta achar o texto bíblico que servirá de base”. E outro que introduziu seu sermão com esta pérola: “irmãos folheei a Bíblia pra lá e pra cá e não achei um texto em que pregar, então...” Durma-se com um barulho desses! A Bíblia para estes é mero detalhe.

Os “sem Bíblia”: são os que não lêem de forma alguma. Seguem a falsa premissa de que ler, estudar e meditar é função de pastor e pregador. Há dois tipos desses infelizes auto-enganados, os “sem Bíblia” que têm uma para carregar e fazer tipo, e os “ortodoxos”, aqueles que nem sequer têm uma, ou pelo menos não querem que alguém saiba que têm. Vão aos cultos de “mãos abanando” e mente vazia.

Todos os tipos descritos acima são crentes obviamente, pelo menos é o que dizem. Ou, como dizia certa música vivem da “arte de viver da fé, só não se sabe fé em que”.

A aproximação que faz da Bíblia suficiente é aquela que busca, sobretudo, aproximar-se de Deus, que procura trazer Deus para a realidade da vida, colocando-se sob sua autoridade. O trecho do Salmo 19 (7-10) mostra a suficiência da Bíblia sob muitos aspectos, e o que ela promove aos que a lêem de forma adequada. Segundo este salmo a Bíblia é: Perfeita – completa, única, sem necessidade de remendos; Fiel – digna de confiança; Reta – sempre precisa em seus ensinos; Pura – sem misturas; Limpa – não contamina, nem envenena; Verdadeira – capaz de clarear a visão. Escrevendo a Timóteo, Paulo nos fala da maior qualidade das Escrituras, dando-nos o tom da sua suficiência. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos dê corações sedentos e famintos das Sagradas Letras, transformando-nos a cada dia em homens e mulheres de Deus que glorificam o Altíssimo em toda maneira de viver.


Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2Tm.3.16,17


Autor: Francisco Jr.
Fonte: Adoração e Pregação
Via: Bereianos


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